domingo, 22 de abril de 2012

Kaká chega aos 30 longe do auge no Real e como interrogação na Seleção

Sem joga pelo Brasil desde a copa do mundo e já fora de Londres, ex-sãopaulino lutar pra recuperar a boa faze que um dia-o consagrou no Real Madrid


Ricardo Izecson dos Santos Leite ainda era o Cacá quando surgiu para o futebol no fim dos anos 90. Nascido em Gama, cidade satélite no Distrito Federal, passou por Cuiabá e mudou-se para a megalópole São Paulo ainda na infância. O menino franzino de cabelos lisos deu lugar a um rapaz de 1,86m, que já sobrava em gramados brasileiros desde o início entre os profissionais. Foi lá que ele despontou com a camisa do Tricolor Paulista - e despertou a paixão de milhares de adolescentes -, fazendo jus à escala no Japão e Coreia do Sul para conquistar uma Copa do Mundo com apenas duas décadas de idade. Foi durante a terceira, no entanto, que Kaká, com k, se consagrou. Alcançou o topo. Levantou inúmeros troféus, sejam eles coletivos ou individuais, como o prêmio de melhor jogador do mundo em 2007. E estagnou, travando longa batalha com problemas físicos. Tudo isso antes mesmo de completar 30 anos neste domingo, dia 22 de abril de 2012.



Por ter um estilo de jogo agressivo, baseado em suas arrancadas, não seria exagero dizer que o trintão Kaká se tornou refém de suas condições. A adaptação à “nova fase”, após duas operações no joelho - uma em 2008 e outra em 2010 -, é gradual e também passa pelo aspecto tático. No Milan, o então camisa 22 era a referência, jogava com a liberdade para brilhar em jogos-chave, como contra o Manchester United, pela semifinal da Liga dos Campeões de 2007. No Real Madrid, que investiu € 67 milhões em sua contratação – no que seria a quarta maior da história –, ele luta para recuperar o protagonismo ao lado de amigos e estrelas como o português Cristiano Ronaldo.


O técnico da Seleção Brasileira, Mano Menezes, ainda acredita que Kaká possa ser útil no futuro. Mais precisamente em dois anos, quando terá 32 na Copa do Mundo de 2014, no Brasil. No que se refere a curto prazo, porém, o treinador foi claro ao deixá-lo fora da pré-lista de 52 nomes para a disputa dos Jogos Olímpicos de Londres e convocá-lo apenas uma vez depois do Mundial da África do Sul, para os amistosos contra Gabão e Egito, em novembro de 2011. Uma nova lesão, contudo, o afastou do grupo antes mesmo de se apresentar. Por ora, é um ponto de interrogação.


– Kaká pode ser importante ainda para a Copa de 2014. E penso que para isso vai ser muito importante a próxima temporada. Será ela que vai dizer se o Kaká ainda pode ou não disputar uma nova Copa do Mundo pela Seleção Brasileira – disse Mano, em entrevista recente ao “SporTV”.


Se baseado em números, o rendimento na temporada atual é até satisfatório. Apesar de não ser titular com regularidade - ficou no banco de reservas no clássico diante do Barcelona no último sábado inclusive -, o camisa 8 soma oito gols e 12 assistências – cinco delas na Champions, quesito no qual é um dos líderes – em 38 jogos. As estatísticas atestam que Kaká vive sua melhor fase no clube merengue, mas não são o suficiente para empolgar. Prova disso são as constantes opções do técnico José Mourinho em deixá-lo no banco de reservas em detrimento a Higuaín, Di María, Özil e por vezes Granero, dependendo do esquema utilizado.


- Acho que o Kaká ainda será útil ao Real Madrid. Mas não como protagonista, não como melhor do mundo. Espero que ele faça uma boa temporada em 2012/2013, pois tem uma carreira ainda com certa durabilidade. Hoje ele está degraus abaixo de Messi e Cristiano Ronaldo, mas é alguém que, com a qualidade que tem, será importante. E isso vale também para a Seleção. Pelo momento que estamos passando o Kaká é imprescindível. Não tem como abrir mão dele pela experiência, técnica, o peso que carrega ainda assuta. Se o Ronaldinho é importante para o Mano, o Kaká deveria ser ainda mais - disse Lédio Carmona, comentarista do SporTV.



Fonte: G1.com
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